Com a minha partida, há algo que deixo para trás e que tenho mesmo muita pena. Há uns anos atrás, tive uma amiga que teve um grave problema financeiro, e eu disponibilizei-me para arranjar roupa para ele e filhas. Com o passar do tempo, e as noticias correm rápido, comecei a saber de histórias, e consegui sempre ajudar. Não me involvo directamente com as famílias, já ajudei duas do Alentejo e muitas aqui da zona. É raro o mês em que não tenho roupa para 5 ou 6 pessoas.
Tornou-se um processo muito fácil, tenho sempre dividido a roupa por senhora/homem/criança/bébé e quando sei de histórias é só dar. Já tenho amigos que quando fazem a selecção de roupa, vem tudo parar a mim, e daí eu distribuo.
Também fiz a campanha do pijama e envolvi todos os meus alunos. Dei loiça para um lar. E claro que comida dou sempre que é pedido. E sim, ajudo a Cais, e dou brinquedos, e artigos escolares.
Porquê? Porque é muito fácil cair, e é muito dificil levantar. Porque no fim de contas são pessoas como eu, mas que tiveram um grande azar, e que ninguém está livre. Se acho que faço a diferença? Não, não faço!
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