terça-feira, 23 de dezembro de 2014

Vamos de férias

o Africanisses
A dona do blog
O seu marido
e o baby Gus...

Não devo colocar qualquer novidade até dia 5...

Até lá sejam felizes, comam muito, ouçam muita música natalicia, abram muitas prendas, estejam com a família (mesmo aquela que só se junta para isto), vejam o sozinho em casa (ou o senhor dos aneis)...e não se esqueçam de arrumar tudo depois!!!



Volto mais morena, mais feliz e mais esperançosa de 2015 possa ser um ano ainda mais proveitoso.

Feliz Natal!!!



Movimento vamos lá!

Anda tudo meio adormecido.

Vamos lá pessoal!
Deixem passar o fim do ano e toca todos a entregarem as coisas!

Sou uma fantástica mãe....

Jantar...
Grupo de amigos e desconhecidos....
Gus...
Tudo a comer...
e ...
Notamos que não trouxemos a chucha da criança..
Ele não dorme sem a chucha, ou posso dizer que não adormece.

Conclusão tivemos que sair mais cedo, porque o meu filho não dormia!

sábado, 20 de dezembro de 2014

Dúvidas presentes na minha vida

Porquê que as pessoas põem autocolantes a dizer "miúdos a bordo"???

Aquilo serve para alguma coisa?

Gosto principalmente os que dizem o nome da criança. Só imagino um homem mauzão a levar a criança e a trata-la pelo nome.

quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

Mantra do dia

Tu és boa pessoa!
Tu és boa pessoa!
Tu és boa pessoa!
Tu não prejudicaste ninguém!
Tu és boa pessoa!
Tu és boa pessoa!
Tu és boa pessoa!
Tu não prejudicaste ninguém!
Tu és boa pessoa!
Tu és boa pessoa!
Tu és boa pessoa!
Tu não prejudicaste ninguém!

Pronto, agora só tenho que passar isto para o meu coração!

segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

E hoje acredito que afinal este mundo pode ser mudado

Pode mesmo!

Fogo, só pode ser um mundo melhor, porque a quantidade de pessoas que está a dar-se ao trabalho de ajudar, é muita. E isso, meus amigo, é boa gente. Por isso não me venham dizer que este mundo está perdido!

Obrigada a todos do Movimento Vamos lá!

Um dia vais comer massala....

hoje foi o dia

 Abre-se como se fosse coco, tem aspecto de cérebro, tem caroços grandes e um sabor meio acre...assim banana com maçã!

(nah, não foi aprovado)

Movimento "vamos lá!"

Pois que já temos voluntários.

E eu já tenho os tamanhos e idades da criançada e jovens!

vejam tudo aqui!

Vamos lá!

O que dizer da apresentadora da MFW?

que ela tem tanto de apresentadora como eu tenho como agricultora.

Não entendo porque tentam fazer a pronúncia de Portugal.
E depois saem pérolas como "estelistas".

Mas bonita. lá isso é!

A pergunta do ano

Estava eu no Fashion week....

E vem uma promotora a perguntar se já tinhamos feito o teste do cancro da mama (havia um stand de sensibilização ao cancro da mama e da pele...)

Ao qual eu digo que sim, que fazia regularmente.
E a pergunta "e qual o resultado? deu positivo?"

Eu, olhei chocada para a pergunta. A sério! Nem consegui responder! Gaguejei, e disse um timido não!


"O cancro da pele é invisível, mas deixa a sua marca."

A alegada boa justiça de cá!

(texto com muitos alegados....)

Conto-vos a história do Pedro.

Há umas semanas o Pedro desapareceu por 2 dias.

Quando apareceu contou-nos que foi preso.

Aqui segue a história.

O Pedro engravidou a namorada (adoro esta expressão, como se fosse um poder só do homem).
Decidiram fazer um aborto. A miúda foi sozinha, a um sitio que desconhecemos e aquilo correu mal. Correu tão mal que se sentiu mal em casa. O irmão descobriu e contou à familia.

Aqui começa o filme da justiça.
O Pedro foi alegadamente preso a pedido da familia. Esteve alegadamente 2 dias sem água e sem comiga, porque é assim que se tratam os alegados detidos.
Quando foi solto e contou o seu infortúnio ao Ar, este foi falar com a policia e segue o alegado motivo.
Alegadamente "a familia quis dar um correctivo ao jovem". Ao que o Ar perguntou, "mas atenção, não foi violação, foi um acto dos dois, e o aborto até é legal...". Ao que o policia alegadamente responde "sim eu entendo, mas a familia pediu, e nós tivemos que fazer".

E aqui está, a alegada justiça daqui. A familia pede, com alegadamente uma ajuda aos bolsos da policia, e o Pedro ia perdendo o emprego.

Em Moçambique está no plano educativo, em vários anos de ensino a carta dos Direitos do Homem, aprendem, tentam explica-la, mas ainda não a executam...
 
ARTIGO 1.º 
Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e em direitos. Dotados de razão e de consciência, devem agir uns para com os outros em espírito de fraternidade.
 
ARTIGO 3.º
Todo o indivíduo tem direito à vida, à liberdade e à segurança pessoal.  

 ARTIGO 9.º
Ninguém pode ser arbitrariamente preso, detido ou exilado. 
 
ARTIGO 11.º
1. Toda a pessoa acusada de um acto delituoso presume-se inocente até que a sua culpabilidade fique legalmente provada no decurso de um processo público em que todas as garantias necessárias de defesa lhe sejam asseguradas.
2. Ninguém será condenado por acções ou omissões que, no momento da sua prática, não constituíam acto delituoso à face do direito interno ou internacional. Do mesmo modo, não será infligida pena mais grave do que a que era aplicável no momento em que o acto delituoso foi cometido.  




 



sábado, 13 de dezembro de 2014

A Dina pede para dar esta mensagem à Ana e Tiago (e D. Piedade)

Quando disse que a roupa era dos meus amigos de Portugal e que pediram para lhe dar....
"De Portugal? Eles sabem quem sou eu???"

"Peço que agradeça aos teus amigos. Tens boa gente à tua volta. A minha filha adorou, e ficou linda, agradeço do fundo do meu coração e vou rezar por eles"...

(isto é importante amigos)

Mãe

Meus queridos filhos
Ninguém é perfeito. Às vezes penso que gostava de fazer determinadas coisas que vejo as outras mães a fazer mas não tenho tempo, ou não tenho paciência. Ou simplesmente nem sequer me lembro de o fazer.
Nunca serei aquela mãe que aceita o desafio de tirar-vos uma fotografia todas as semanas. Eu fotografo-vos sempre que me apetece e isso, tem dias que, acontece 1000 vezes no mesmo dia.
Nunca serei a mãe adorada na escola, porque vos vou buscar sempre a correr e nunca fico a brincar com os vossos amigos… nem tão pouco sei o nome de todos eles.
Nem sempre terei paciência para fazer penteados espectaculares, ou para preparar trabalhos interactivos para levarem para a escola.
Não farei sobremesas e cupcakes deliciosos para levarem para as vendas da escola, embrulhados em caixas giríssimas compradas propositadamente para estas ocasiões.
Nem sempre me vou lembrar de pôr na mochila o equipamento de balet, o protector solar nos dias de mangueiradas, ou o vosso boneco preferido. Às vezes terão de ir para a escola sem ele.
Nunca vou tirar um dia para organizar a festa de pijama melhor do mundo para as vossas amigas. Eu sei que desde que haja sacos cama, uma lanterna e marshmallows vão divertir-se imenso na mesma.
Nunca vou ser a mãe perfeita que vocês pensam que gostavam que fosse.
Mas prometo-vos que vou estar sempre presente em cada espetáculo de ballet, jogo de basquetebol ou torneios de natação, e a torcer por vocês.
Vou comprar-vos o material para os projetos da escola, e dar-vos todo o apoio possível para que os realizem sozinhos.
Vou ter sempre qualquer coisa para mandar para as vendas da escola, mesmo que tenha comprado no café quando vos fui levar de manhã.
Vou sempre aconchegar-vos a roupa, e dar-vos um abraço e um beijinho de boa noite.
Vou estar sempre ao vosso lado quando acordarem com pesadelos.
Vou ficar sempre de coração nas mãos quando vos tratarem mal, ou  vos puserem de parte, ou quando vos trocarem por alguém.
Vou estar sempre presente em cada desgosto das vossas vidas, mas também em cada sucesso alcançado.
Vou lembrar-vos sempre que “errar é humano” e vou ajudar-vos a assumir esses erros mesmo que ninguém se tenha apercebido deles.
Vou estar sempre disposta a ajudar-vos a recomeçar; quer seja um trabalho escolar ou um capítulo da vossa vida.
Vou defender sempre os vossos interesses, mesmo que isso implique não vos defender a vocês.
Vou obrigar-vos a tomar as atitudes corretas sempre que possa, mesmo que por vezes não seja a atitude que queiram tomar, porque quero que cresçam íntegros.
Vou estar à vossa frente, sempre de braços abertos, mesmo naqueles momentos em que me vão odiar.
Porque meus queridos, eu sei que nem sempre vou ser a mãe que querem. Mas vou ser a mãe que precisam.
E eu sei, que um dia mais tarde quando tiverem os vossos filhos, vão ler estas palavras e concordar comigo.
Mãe 

também podia terminar com Mãe Zé, como a minha mãe assina.
É assim que te vejo mãe! E deixa que te diga, és a melhor mãe do mundo, assim daquelas que ninguém supera! 
 Se for metade de mãe para o Gus que foste para mim, fico contente e concretizada! 

3 Passos para pensarmos que somos más mães

1- esquecermo-nos de lever o nosso filho à consulta de rotina, por 2 meses
2- Não poder ir à consulta de rotina (quando marcada), por estar presa numa reunião
3 - não ir à vacina do sarampo por ter que organizar as vendas....

Isto tudo juntando ao pouco tempo que tenho estado com ele....faz-me sentir que estou a falhar!

À Ana, ao Tiago, à Lebre, à D. Piedade, ao Rui Cruz, ao Baby, à Marta Passos,à minha mãe, às minhas meninas...e a tantos outros....

Bom, amigos tenho uma nova história!

Uma história que vai por a Ana (a do Tiago) a abanar a cabeça, ao Rui Cruz a enviar-me mensagens, e que vai por a Lebre e a Passos a arranjarem maneira de me enviarem algo.

Bom, com a mudança de emprego, arranjaram-me um motorista. Depois de muito reclamar, lá o aceitei sob o motivo "se não o aceitares ele tem de ser despedido"...

Apresento-vos o Amisse.
O Amisse é um rapaz de 26 anos baixo, muçulmano hiper praticante e super calmo.
Ao falar com ele nestas últimas semanas, contou-me algumas coisas como; tem 12 pessoas a cargo dele. Sim leram bem. 12 pessoas, a mãe que ficou viúva e ele foi busca-la a Nampula (3000km daqui), 3 filhos (penso que seja uma menina e 2 meninos), mais quatro sobrinhos que ficaram com ele depois do irmão morrer e a mãe deles abandonou-os, e um outro sobrinho que ficou orfão e ele adoptou.
O Amisse não pode comprar leite, nem nunca deu leite a nenhuma destas crianças a não ser quando eram bebés. Todos andam na escola, e todos aprendem o alcorão porque segundo ele, as crianças precisam de ser guiadas. Perguntei-lhe porque é que os maiores não trabalham, respondeu-me que estão a estudar, que é a base de tudo!

O Amisse casou por amor, quando a mulher tinha 16 anos, esta tem um pequeno negócio, que é uma banca que vende rebuçados e outros doces.

Esta semana a empresa deu leite a todos, e o que ele fez? Deu a todos os filhos e disse-me que bebeu cum "copinho antes de deitar para tapar o estomago".
Quando lhe pergunto o que come em casa, responde-me sempre com humildade que comida não falta e que arroz com feijão há sempre, mesmo que seja pouco.

O Amisse anda sempre com roupas remendadas, sempre muito gastas. E o que ganha não pode ser gasto em roupa.

Garanto-vos que é boa pessoa. Vi isso quando falou dos sobrinhos ao dizer que os vê como filhos, que não os distingue. Tem humor, ri-se com os meus diparates e trata-me por D. Vanessa. O Amisse reza por mim, e diz-me que um dia vou encontrar deus na minha vida.

Vamos lá?? Vamos???
Então o que estou a precisar? Roupa, muita roupa, para adultos e para as crianças. E vamos lá por estes miúdos com todo o material escolar. Vamos lá?!

Amisse- rapaz pequeno, e magro, um 1,60 em média, camisolas S.
Esposa - pelo que ele descreveu um L.
Crianças (não decorei os nomes)- 8 anos menina, 2 de quatro anos rapaz, 2 anos rapaz, 13 anos rapaz, 14 rapaz, 15 anos menina, 18 anos menina, e outro de 18 anos rapaz. 

(Gi, Ana Correia, Nádia Sousa, Sandra Fradique e todos os que viajam no Africanisses vamos lá partilhar que as vossas redes funcionam!). Meninas, toca a pedinchar na vossa escola, roupa fresca.

Ps- Vou ter peso para trazer em Janeiro e Fevereiro, aproximadamente 60 kilos ou mais (Lebre e Bento apertem os Bikinis!!!)
Ps2 - A casa da minha mãe vai passar a ser o banco de recolha.

Vanessa, também foi à Fashion week


E o que dizer??
Que a Merche dá um bailinho a todas as modelos deste evento, em simpatia, em descontração e em saber andar em sapatos altos.
De todas as modelos, apenas 3 no máximo sabiam andar numa passadeira, uma grande pena!

De resto, de resto adorei! Todos sabem que não sou uma pessoa de eventos, e ter a possíbilidade de ter um noite diferente, já valeu por muito!

As grandes diferenças de África


Os mercados de rua, continuam a ser o grande comércio de cá! Tudo se vende na rua.


quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

O mundo vai acabar deste lado

Passei sem exagero por algumas zonas com água pelos joelhos...

A coisa boa disto, não se vê um policia na rua. A coisa má, os semáforos não estão a funcionar!

sexta-feira, 5 de dezembro de 2014

são 10:13

E eu já devorei 3 fatias de bolo.
Isto e mais o meu pequeno almoço!

Vou ali rebolar e já volto!

Coisas boas da vida

Pena, os pedaçõs serem enormes!

quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

9 meses de Gus


 Com 9 meses tenho a dizer que acho este miúdo, O mais porreiro de todos. Alinha em tudo, não faz muitas birras, bom, o que quero dizer é que não é chorão por natureza!
9 meses, Gustavo e sabes o que tenho a dizer? Que aprendi a amar-te, assim devagarinho, de pantufas, e hoje sinto que és a coisa mais perfeita que já tive. És preguiçoso, és alegre e gostas de brincar, e a melhor coisa que te podemos dar é um valente banho.
Todos os nossos amigos te mimam, gostam de ti como familia e tu bem sabes que isso é importante para mim.
As tuas primas (ou direi manas?) são as que mais te adoram e as que não conseguem ensinar nada.
E sabes o que já fazes?! Ora cá vai:
- bates palmas
-dás 5
-fazes olhinhos
- fazes festinha gato
- dás abracinhos (só à Nana)
- andas de cavalinho
- dizes adeus
- e dizes não a tudo, o não é a tua caracteristica, achas piada à coisa de abanar a cabeça!
-dizes nanana e dadadada quando nós tentamos intorduzir novos sons como papapapap e mamamama 

Gatinhar não é contigo. Pareces um caranguejo a andar, para grande tristeza minha que adoraria ter um bebé que gatinha!

Se estás grande? Enorme! Estás semi ruivo, orelhas afastadas e és giro que se farta mesmo com esse cabelo de rato e orelhas estranhas.
E o que gosto mais de ti? Que me reconheças entre todos, que sorrias e mexas esses pés gordos sempre que me vês.

 
Adoras e já segues com o olhar os teus cães. A Jackie é a tua mãe felpuda e o Scott é o teu segurança. 

És meu filho, o meu Gustavo, a pessoa que me faz sair todos os dias a correr para casa para poder dar um beijo e mimos. Vieste de pantufas, mas entraste no meu coração fechado há muito para apenas duas pessoas e conseguiste multiplicar esse amor para 3, por isso amo-te.

Agora é aprender mais contigo e tu connosco, para que possamos ser uma familía. Para que possas ter todas as tuas recordações de infância como eu tenho, para que possas rir das nossas palhaçadas, das nossas tradições e das nossas vivências. 
Contigo voltou a necessidade de termos a casa decorada para o Natal, e com luzes todos os dias, porque é assim que eu imagino uma recordação, vir do sempre, sem saber quando começou. Este ano terás os teus tios emprestados, a familia que escolhemos para estarmos, para o ano logo se verá.





Com esta segurança...



Ladrões tenham medo!

(giro foi eu ter de ir tocar no joelho do senhor para acordá-lo)

terça-feira, 2 de dezembro de 2014

Ando meia perdida

Tudo muda! Sempre ouvi esta expressão. É uma frase que me custa só ouvir quanto mais sentir.
A verdade é que tudo muda, todos mudamos. O difícil é admitir e avançar com a nossa vida.
Estou numa fase de mudança. De muitas! Sofro tanto com isso que ninguém imagina. São mudanças fisicas, emocionais, espaciais, laborais, tantas que nem sei por onde me virar. Tenho vontade de me isolar, estar calada, num espaço em silêncio encolhida no meu sofá, mas não posso. Tenho uma equipa para gerir, tenho uma marca para dar lucro, tenho um corpo que está a mudar, tenho uma casa para sustentar e tenho Gus.
Neste momento é o que importa, o Gus. Para ele, e por ele tenho que estar bem. Ele não pode nunca sofrer pela minha instabilidade, pelo meu receio à mudança e pelo meu sentimento de infelicidade que emana no meu espírito.
Sei que sou uma pessoa feliz, realizada e com motivação. Por vezes preciso de pensar nisto, para que os pensamentos negativos não venham à baila. Pela primeira vez não comando a minha vida, estou a deixar levar-me. É este "deixa andar", que me está a corroer, que está a estragar tudo o que construi até agora, que não me deixa avançar, que me deixa presa no passado a fazer perguntas sem resposta. Porque a resposta é simples, porque mudámos!

Que vida esta, ein?

Tanto a Dina como o Pedro, sabem que estáo proibidos de contar qualquer drama da vida de conhecidos. Todo este processo de conhecer uma história de alguém que eu posso ajudar, torna-se demasiado penoso para mim aqui. Ajudo sempre que posso, conhecidos e pessoas da rua, mas a verdade é que aqui não tenho o grupo de apoio que tinha em Portugal, por isso bens aqui são dificeis de arranjar!


Há uns dias, com as mudanças descobri uma lata de leite que o Gus já não bebe, E digo - Oh Dina, conheces alguém com bebé para dar este leite?- (aqui o leite em pó é bem caro)
E diz-me a Dina - Sim, tenho a minha cunhada que tem..iv e eu dou-lhe que a bebé tem 2 meses.
Eu logo - Dina, disseste HIV? (não percebi e queria confirmar)
- Sim senhora, tem mas está a dar mama...
- DINA, ela não pode dar mama, vai infectar a menina. Diz-lhe para ir fazer os exames e parar de dar mama já.
E friamente diz-me isto "Senhora, ela não tem dinheiro, já pegou à primeira filha e vai passar para esta"
 Eu enguli a seco, juro! Ainda refilei a dizer que não deveria ter filhos e que não pode estar a infectar assim os filhos.
Quando consegui acalmar-me pensei para mim o que poderia fazer a esta familia?! Bom para já consegui alguma roupa e pretendo continuar a dar leite à menina, que ainda nem tem nome. Na verdade, ainda nem disse nada à Dina, não queria assumir esta responsabilidade, mas alguem tem mais alguma ideia?

quinta-feira, 27 de novembro de 2014

Os diferentes graus de urgência.

Estava eu a dormir profundamente quando sou acordada por dois toques da campainha. Os cães deram sinal e eu achei por bem levantar-me!
Abro a porta e diz o guarda Sr Afonso
"Sinhora, a água do tanque está a sair..."
Eu com os olhos semi cerrados
"Sr Afonso, isso é motivo para vir tocar à minha porta as 5.30 da manhã?"
"Sinhora, eu vi e décidi avisar"
"Sr Afonso vou tratar disso, mas para a próxima venha só acordar-me se houver um incêndio ou se alguém tiver uma emergência para sair, ok???"

Notei que foi a abanar a cabeça. Deve ter achado que fui injusta. Às 7.30 quando saí de casa, falei com ele mais calma, e expliquei, que às 5.30 não se acorda ninguém, a não ser por uma emergência!

quarta-feira, 26 de novembro de 2014

Ano Novo (parte 1)

Hoje mudo-me!

A casa está linda!

A minha Sophia estará sempre presente na minha vida!

Desde miúda que admiro a Sophia de Mello Breyner. Adoro-a. Na infância imaginava-a como minha amiga, a amiga que tinha a mesma paixão que eu, o mar. Sempre quis ser a sua Oriana. Sempre. Na escola, nas aulas de português, até tremia só de pensar que era dia de ler um poema dela!

Em 2000, a minha Sophia (como todos a conhecem através de mim) esteve na festa do Avante. Fui propositadamente à festa para a conhecer, para ver a senhora que foi a minha amiga de infância. A senhora que eu sonhava, agora como minha avó. No dia, na altura de entrar para a zona cultural, não tive coragem. Não fui capaz de entrar e falar com a minha Sophia. Disse na altura aos meus amigos que a adorava de tal maneira, que não podia aparecer assim, mal vestida, sem saber o que dizer. Na verdade, apenas queria dar-lhe um beijo, e dizer "o seu mar é o meu" e "obrigada por me fazer sonhar".
Quando cheguei a casa e contei aos meus pais, acharam que tinha perdido a minha oportunidade, o meu tempo de a ver e de lhe dizer como a sua escrita foi importante para mim.

O tempo passou, e em 2004 a minha Sophia faleceu. Quem me ligou, todos com com voz de pesar. Todos sabiam a importância que tinha para mim.

Este ano relembrei-a, na entrada dum avião, quando uma menina de caracois, veio meter-se com o Gustavo e ao perguntar-lhe o nome, ouço um "Oriana". Respondi logo, "tens nome de fada, que lindo nome!"

Tudo isto, para dizer que hoje enchi-me de coragem e escrevi umas pequenas palavras à D. Helena Sacadura Cabral. Continuo com o sentimento de achar que eu não mereço de a conhecer, mas desta vez contei a admiração que tenho por ela.

"Aqui nesta praia onde
 Não há nenhum vestígio de impureza,
 Aqui onde há somente
 Ondas tombando ininterruptamente,
 Puro espaço e lúcida unidade,
 Aqui o tempo apaixonadamente
Encontra a própria liberdade."
(Da minha Sophia)


O reforço ao Pai Natal

(ideia exclusiva da Gi)

A Gi disse para insistir e reforçar o que eu realmente quero. E tendo em conta que o velhinho começa a estar senil e nesta altura anda tudo a pedinchar...

Cá vai

 (cidade do Cabo)
 (a malita)

 (regressar onde fui muito feliz, Berlim)

(Nova Iorque)

(o Relógio já pedido)

Eurodisney! O quê? o Gus não sabe o que é? Não interessa, eu levo-o, prometo que lhe mostro muitas fotos dos muitos sorrisos dele neste local de magia! 

E tenho mais a pedir!! Oh Se tenho! O problema disto é que não tenho muitos voluntários para oferecer tais prendas!

terça-feira, 25 de novembro de 2014

Diferença de viajar com a mãe ou com o pai

Baby Gus viajou com o pai para Portugal.

Vejamos as diferenças!

Eu
Faço o check in e ninguém pede nada, nenhum documento de autorização de saída.
Passo todas as portas até à entrada de avião para pedir então ajuda para fechar o carrinho.
Saio do avião sozinha, onte tenho que esperar pelo carrinho e ovo e tenho que o montar sozinha!

Ele
Faz o check in e pedem autorização de saída. Na migração pedem novamente autorização.
Na entrada do avião todos se disponibilizam para ajudar um pai sozinho (coitado) com um bebé ao colo.
Durante o voo, todos, incluindo a tripulação pegam no bebé!
Sai do avião e vão buscar pessoalmente o carrinho montam-no e todos ajudam o pobre pai que viaja sozinho sem qualquer ajuda desta mãe desnaturada.

E o que se tira daqui? Uma mãe sozinha a viajar com um bebé é absolutamente normal, um pai a viajar sozinho com um bebé é tão raro que todos o fazem sentir especial, como se tivesse a fazer algo de único. Afinal os filhos são dos dois ou só da mãe? Ein?!


o Blog tem urtigas

É verdade, tem mesmo!

Mas entre mudanças, tratar de 100000 coisas das mudanças, novo emprego e não ter carro nada ajuda!
Isso e ter um telemóvel a morrer fazendo com que não consiga passar as fotos para aqui!

Hoje a mudança fica praticamente pronta.

Estou sozinha, e é o Pedro e a Dina que estão a fazer tudo, e eu de longe a dar orientações!

sexta-feira, 21 de novembro de 2014

As dificuldades de ter tudo pronto

Precisava de:
- 1 canalizador
- 1 serralheiro
- 1 carpinteiro
- 1 pintor
- 1 electicista

Segunda feira -  ligo para o canalizador, electricista e carpinteiro
aparecem os 3 depois de muitas horas à espera

Terça- feira - canalizador e electricista combinam aparecer as 17h (o segundo chega às 19h)
carpinteiro vem buscar o dinheiro para comprar material
Pinto vai lá a casa ver o que é preciso comprar

Quarta-feira - pintor aparece para levar o dinheiro e comprar material
canalizador volta a aparecer para terminar tudo, electricista tem que terminar ainda uns coisitas


quinta- feira - pintor não aparece
serralheiro aparece e faz o trabalho todo.
electricista não aparece

Sexta- feira - pintor aparece às 5 da manhã (leram bem), e Pedro levou a chave da casa nova, mando-o embora.
Electricista ainda não apareceu - apareceu mais tarde e não fez tudo
carpinteiro ainda não apareceu....apareceu mais tarde


Sábado -
Pintor - não apareceu, mas enviou um amigo.
Electricista nem atende o telemóvel
Carpinteiro - está a tratar das ripas e ainda não foi lá

Segunda....
iniciei o processo da mudança.
pintor- acabou o serviço
carpinteiro falta uma porta
canalizador foi comprar material,,,

(em actualização)

quinta-feira, 20 de novembro de 2014

Queridos Pai e Mãe Natal

(ou também poderia ter começado com "querido pai careca e mãe de cabelo cinza")

Este ano peço 2 prendas para mim, caras. Admito caras mesmo!
Não me venham dizer que já não tenho direito e que o Gus agora é prioridade, todos sabem que cada um tem o seu lugar e o Gus não ocupa metade da minha importância!
Sim, sim são caras, mas vendo bem quais foram as prendas caras que pedi no Natal? A bicicleta rosa com cesto à frente e um gremlin gigante, mais nada. Sendo assim, podem dar-me estas coisinhas que iriam fazer-me tão feliz!
O quê? Estão já a perguntar, e roupa? Roupa não conta, como digo desde criança. Roupa, meus amigos é obrigação. Senão queriam que andasse como? Roupa não é prenda!

Bom estava eu a refutar sobre os meus pedidos de Natal, e tendo em conta que vou ter um trenó só para mim daqui a uma semana, aproveito e digo o que estou mesmoooo a precisar!

 (258€ Michael Kors)

 (358€ Michael Kors)



Pai Natal, estou mesmo, mesmo a precisar disto! Prometo deixar-te em paz por um ano! Combinado?!

terça-feira, 18 de novembro de 2014

O PPC...

"Quando lancei o primeiro PPC ninguém achou que estas siglas poderiam representar as iniciais do nosso primeiro-ministro. Foi há cinco anos. Sim, foi há cinco anos que, frustrada por só receber postais electrónicos impessoais pensei que giro que seria se voltasse a estar na berra o velho hábito dos cartões postais de Natal.
 E, imbuída no espírito natalício, pensei ainda que engraçado que seria se misturássemos o ressuscitar dos postais de Natal nas caixas de correio das nossas casas com uma espécie de amigo secreto.
Foi assim que nasceu o PPC- Polar postcrossing. 
A ideia é simples: os leitores deste blog inscrevem-se para participar nesta iniciativa fornecendo à dona deste blog os seus dados (nome, morada, o link dos seus blogs, se os tiverem) que, por sua vez, procede a um sorteio e faz chegar a cada participante o nome e morada do seu amigo secreto, para quem é responsável por escolher, escrever e enviar um postal de Natal. Em contrapartida, cada participante receberá, também, um postal na sua cauxa do correio, enviado por outro.
 Ao longo destes anos houve muitas histórias relacionadas com o PPC: leitoras jovenzinhas que nunca tinham recebido um postal de Natal físico e ficaram em euforia, pessoas que passaram um Natal triste por morte de familiares (eu própria) e a quem palavras bonitas escritas à mão trouxeram um bocadinho mais de luz, pessoas que liam os blogs umas das outras e que, de repente, se corresponderam pela primeira vez com nomes próprios e existências físicas, outras que se encontraram pessoalmente e ficaram amigas. 
Houve também algumas pessoas zangadas porque enviaram postais e não receberam e outras desnaturadas que receberam e nunca chegaram a enviar. Houve de tudo.
Mas houve, essencialmente, a preocupação com o outro, em oferecer-lhe tempo para comprar um postal ou fazê-lo com as próprias mãos, para lhe escrever palavras bonitas e ir aos correios despachar o postal.
 E se isto não é Natal, então, caraças, o Natal não vale nada!
Está lançado o período de inscrições do PPC 2014: bora lá!
Inscrições aqui
Informações, detalhes e regras aqui"
 
Ideia total da Ursa
 
Já me inscrevi, espero ansiosamente por um postal de Natal. E porquê? Porque me lembro na minha infância passar horas a colar selos para enviar todos os postais de Natal da UNICEF a todos os nossos amigos. E decidi iniciar a tradição. Há coisa melhor que este espírito?

Ano novo, vida nova

Todos sabem que não gosto de mudanças, de alterações. Não digo que não sejam boas, não digo que fazem bem, não digo que não são necessárias.
Digo que não gosto.

Pois vou ter um tempinho de grandes alterações na minha vida. Assim que me lembre vou ter a mudança da casa, a mudança de trabalho e a mudança de carro!

E como me sinto? Como uma criança com medo de filmes de terror. É muita mudança num curto espaço de tempo, muita confusão para o meu cérebro que gosta de paz e sossego. É muita gente nova para conhecer e adaptarem-se a mim e eu a eles, é muita coisa para aprender, é muita coisa para deitar fora, é muita decisão para tomar, é muita tinta para a casa, é muita rede para mudar, é muita limpeza para fazer...

Já disse que não gosto de mudanças?!



segunda-feira, 17 de novembro de 2014

dificuldades de compreensão

Num café digo

"uma água gelada, SFF" (aqui dizemos gelada, e cheguei a Portugal disse o mesmo)
"diga? água? "
"desculpe, água fresca"...

outra cliente

"uma água fresca"
"desculpe? água gelada?"

Noto que sou uma mãe diferente quando...

- não acho piada o Gus vir para a minha cama, receber pontapés uma boa parte da noite não é de todo agradável!
- não tapo o ovo com um pano a cara do miúdo, nem com uma fralda, nem com umas coisas que agora estão na moda. Se quer dormir, que durma com luz. (será que os putos se sentem bem assim todos tapados?)


As comparações continuam

- O quê, só tem 2 dentes? O meu tinha uns 5 ou 6 dentes.
(silêncio)

- Oh Vanessa, o teu tem quantos dentes?
- Tem 2, o terceiro está a romper.
- A sério??? Opá, o meu não tem nenhum e tem a idade do teu
- (silêncio)

8 meses de baby Gus

Ora neste mês o Gus deu um pulo intelectual.
Digo isto, sem gozo, mas com total orgulho. 
Passou a fazer graçolas e cada vez que alguém passa ao lado dele e não lhe dá atenção, ele saca todas as armas que tem, ora palminhas, depois o adeus, segue-se o cavalinho, passando pelos olhinhos.
Fala pelos cotovelos, e já diz mãe, adeus, pai e comida! Sim faz isto tudo, os seus sons de nhanha, papapa, e dadada só podem significar isto. Se as outras mães dizem que aos 8 meses os putos delas já falam, o meu não é diferente!

Voltei de lá!

E com o regresso, volta o blog!

A Vanessa, também fala sobre os lugares da moda!

Decidi ir, com as meninas, ao mercado da Ribeira.

Cheguei lá com uma expectativa muito alta, visto que todos falam bem daquilo. Cheguei, e achei maravilhoso a escolha.

Comprámos a comida e lá iamos nós todas contentes para as mesas, quando notámos que estava tudo cheio. Ora, compreendia se estivesse cheio, com pessoas a comerem, mas não. Estavam simplesmente sentadas à espera de outras pessoas, ou a marcarem lugares.
Após uns 15 minutos de tabuleiro nas mãos decidimos ficar em pé, num espaço minúsculo de mesa. Aí tive tempo para analisar, contei pelo menos 15 pessoas à minha volta sem um único tabuleiro de comida, todas à espera dos seus conhecidos. Contei até que umas miúdas ao meu lado estiveram 45 minutos sem comer e sem sair dali, e só quando refilei é que me deram um espaço maior.

Fazendo as contas, paguei cerca de 40 euros, comi de pé e fiquei enervada pelo facto de comer em pé. O preço não é nada barato para ficar de pé, e constato que por esse valor vou a um restaurante normal e como sentada.

De resto, de resto adorei tudo!

Sobre a minha teoria dos bebés nos aviões...

Há uns meses disse que era apologista de pôr todos os bebés e crianças pequenas no porão do avião.

Acrescento agora, que o meu filho pode desde já entrar nesta campanha! Sim senhora, eu poria o baby Gus no porão, lá bem ao fundo para não incomodar os restantes passageiros.
Isto tudo, depois de ter passado 10 horas sem o sacaninha ter dormido, e ter passado quase todo o tempo na sua ladainha do nhanha e do semi choro, e com gritinhos de satisfação. Passei as 10 horas a tentar acalmá-lo, a tentar que ele não desatasse a chorar e fizesse o voo num tormento. Não foi um demónio, mas não foi o bebé exemplar, logo, porão com ele para ver se aprende!

quarta-feira, 29 de outubro de 2014

O português que ouço por aí!

- super Brand (anúncio da RFM)

- O Couch irá motivá-lo (anúncio de uma marca qualquer para emagrecer)

É que as palavras "marca" e "treinador" não existem na nossa língua e por isso temos a necessidade de usarmos estrangeirismos

sexta-feira, 24 de outubro de 2014

E em Portugal é moda

Calças de cintura subida
tops todos rendados
barrigas à mostra....
cabelos compridos
e umas botas pequenas de tacão baixo e largo, uma coisa que favorece a grande maioria das mulheres portuguesas, que são pequenas e perna gorda....

E o Óscar para a melhor filha vai paraaaaaaaa*

Mimmmmmmm!!!!

Que apareci de surpresa com o baby Gus!!!

*tentem imaginar o Joaquim Monchique no Herman....

sexta-feira, 17 de outubro de 2014

sempre que chamo o Pedro....

-Oh Pedro!!!

resposta "tou!!!"

(não há uma única vez que não me ria com a resposta)

Já lhe perguntei porque responde assim, e segundo ele "é para a sinhora saber que tou aqui!"

quinta-feira, 16 de outubro de 2014

O que nos liga?

Numa mesa, estavam 2 portugueses, 1 iraniano criado no Paquistão, 1 libanês criado no Congo, um indiano e um Sírio...

Quando ouvi a nacionalidade do último interveniente, pensei "oh diabo, e se é um dos mauzões?!"

Mas não. Era um rapaz culto, que falava um português razoável e sorridente.

E o que temos todos em comum? Sermos emigrantes. Provavelmente noutra vida nunca nos juntaríamos, aqui todos temos o mesmo objectivo, vingar. Só por isso, toda esta minha experiência já valeu (e vale) a pena.


A vida passou a fazer mais sentido...



Pronto, sou uma pessoa feliz!!!

Então é isto!!!


segunda-feira, 13 de outubro de 2014

quarta-feira, 8 de outubro de 2014

Piadola mórbida

Diz o meu chefe

(após confirmar que estou doente)

"Ébola?!"


segunda-feira, 6 de outubro de 2014

Pergunta da semana

Estou quase afónica.
Tusso de 2 em 2 segundos, e tão forte que já tive que agarrar duas vezes os pulmões para não saltarem...

E um colega chega a porta da sala e diz
"estás doente, ein?"

Aos portugueses jihadistas

Não me conhecem, eu não vos conheço.
Mas digo-vos, ser português é muito mais do que ter um passaporte com essa identidade. E vocês não o são. Não critico os vossos ideais, tenho é pena dos muçulmanos que ficam e tentam viver em paz depois dos vossos actos. Ser muçulmano não é isso, é praticar a paz. Se querem provas, venham e fiquem com a família que me adoptou, não só vos ensina o que é ser muçulmano, como vos ensina a ler o que está realmente no Alcorão.

Abram os vossos olhos, ser muçulmano não é isso. Ser muçulmano é respeitar e ser respeitado.

E vocês não são nem portugueses nem muçulmanos!

(agora espero que algum órgão da televisão possa ler isto, e que pare com as noticias parvas de "jihadistas portugueses")

O motivo do abandono

Andamos todos doentes!

E isto bate forte.

O que vale é que já me devolveram o filho das 12 horas a dormir, ajuda bastante!

terça-feira, 30 de setembro de 2014

A dupla D&G

De manhã chega a Dina.
Eu ainda tinha o intercomunicador ligado, O Gus estava acordado, mas ainda não tinha refilado...e ouço..

"Olá Gústavu, dúrmiste béém? E tivéste saudades minhas? Eu tive, vamos bébé, vamúsh beber o leite..."

(o carinho com que ela fala com ele, e ao falar normal é para mim impagável!)

Aos 7 meses

Baby Gus dá-nos como prenda uma noite em branco, a primeira de todas.
Está constipado, e a dificuldade em respirar deu para choramingar o tempo todo.

E o que nós achámos disto?! Uma maravilha, nem reclamámos sempre que nos levantávamos nem nada, nem dizíamos asneiras, nem soprávamos para o ar, nada. Adorámos a experiência. Agora podem devolver-nos o nosso filho, o das 12 horas a dormir, já sabemos o que os outros sofrem e respeitamos muito.




quarta-feira, 24 de setembro de 2014

Então e já anda?

Normalmente não falo do Gus com ninguém, a não ser amigos próximos, ou quando tenho alguma dúvida.

Quando me perguntam, a resposta é sempre a mesma "está bom, come e dorme, como qualquer bebé"

E acabam sempre por me perguntar
"e já gatinha"
"e anda?" (com 6 meses)...

E a minha resposta é sempre...Não, ele prefere mesmo não fazer nada. Rebola e já vamos com sorte.

(o Gus é um bebé muito atrasado, tadinho, com 6 meses ainda sem andar, francamente!)

Aos quase 7 meses

Baby Gus tem um bico na gengiva. Diz que é o inicio de um dente...pelo que eu vejo, é o inicio de uma vida de baba e de choro.

A pergunta mais frequente

Estou numa reunião
- "onde deixas o teu filho?"

vou de viagem
"o teu filho ficou com quem?"

vou a um jantar de trabalho
"o teu filho está com quem?"

Calma, amigos, não sou pessoa para deixar um bebé de 6 meses sozinho. Não sou assim tão má mãe, sou só uma mãe trabalhadora!

terça-feira, 23 de setembro de 2014

Tudo se resume a isto

Tento fazer (pela primeira vez) a minha lista de sonhos....
e dos 20 pontos feitos até agora, 15 são viagens.


Pergunta da semana

"Como se come um elefante?!"

(pergunta do chefe perante a minha cara de choque com as mudanças....)

"com uma dentada de cada vez!"


Um pouco do meu trabalho


Andar nos mercados informais é uma das minhas funções.


Pérolas

"deus não conhece dificil"

segunda-feira, 15 de setembro de 2014

À Ália

Ália,

vi-te na festa, não relacionei quem poderias ser. Como viste, fiquei assim para o parada quando foste ter comigo, quando acordei, ainda fui ao estacionamento para falarmos, mas já foi tarde. Muito obrigada e desculpa lá a minha cara de parva perante a tua intervenção, não estava mesmo nada à espera!


Um salvamento à Missão impossivel

Na sexta- feira estava na sala de embarque, eu mais umas 100 pessoas. Tudo na sua vida de passageiros, uns a ler, outros a conversar, outros nos seus computadores, pronto tudo normal.
Até que ouvirmos um grito, uma espécie de "aiiiiiiiii", olhámos todos, cerca de 100 pessoas, e todos fizemos um ahhhhhhhhh de assustado...


Uma criança com os seus 4/5 anos pos o pé na escada rolante de fora, (entre as letras e o desenho da relva) e ficou presa.
Em segundos, homens chineses correram para ao pé da menina, mas já não a conseguiram apanhar....e só gritavam e gesticulavam para saltar...e menina gritava e nós todos parados a ver como isto ia acabar....até que onde está o K em vermelho a menina decidiu saltar...
Decidiu já muito tarde, ali já era de uma altura assim para um segundo andar. E foi nesse preciso momento, que a menina ia saltar, outros 2 chineses foram por trás e apanharam-na. Assim à filme!

Os chineses foram recebidos com um enorme aplauso, assim à super-homem.

Eu fiquei em pânico e reagi como normalmente reajo nestas situações, nem me mexi.

E estão a perguntar pela mãe?! Essa nunca a vi, nem deu o ar da sua graça!!!

quinta-feira, 11 de setembro de 2014

9 pessoas à mesa para almoçar

e só uma não está a mexer no telemóvel.

descubram quem?!

Eu! Que continuo a achar uma falta de educação estar a mexer no telemóvel quando se está à mesa. Mas, pelos vistos sou só eu!

(atenção, uma coisa é responder a uma SMS, outra é deixar o telefone em cima da mesa e estar sempre a enviar mensagens e ver o FB.)

Aquele momento...

Em que estamos numa reunião formal, toda com executivos, e ao tirar o cabo para carregar o telemóvel, salta uma chucha para o meio da mesa e que diz "KISS ME"...

(vou ali afogar-me!)

Em Joanesburgo

Esta gente é estranha:

-começam a trabalhar pelas 7 da manhã
- às 15h está tudo a sair
- ninguém pára para almoçar
- passam a vida a beber café e chá
- vai tudo vestido de modo informal, demasiadamente informal, até para mim.

quarta-feira, 10 de setembro de 2014

A Dina e Gus

(esta grande dupla)

Chego a casa e vejo o Gus na cama estendido, sossegado, assim parado.
Salto para a cama para brincar, e demora a reacção...
E digo "Dina, ele está doente?"
-"Não senhora, está a ouvir música"

(e de grande categoria, assim do nível Leandro e Leonardo em brasileiro )

As diferenças de vacinação

Aqui
- chego, dispo, dou uma perna e tau, dou a outra e tau outra vacina, toma lá algodão e segue a tua vida.

Em Portugal

-chego
- Enfermeira deita o Gus na maca e dá um beijo na perna
- tau
- fala com meiguice  e coloca um penso colorido na perna.(um luxo)

Quando o Gus desata a chorar digo com piadola "não fui eu, foi a enfermeira, deixa que quando voltares partes qualquer coisa..."

Resposta da enfermeira - "ahaha, a mãe tem piada, nada de dramas, precisamos mais assim!"

Frases que ouvi lá na "metrópole"

- tens bacalhau lá?
- estás mais gorda, ein?
- o quê? O Gustavo ainda não come carne?
- e iogurtes?
- vais para a praia o dia todo com ele?
- mas o Gustavo está a dormir e tu estás aqui fora e não te faz impressão?
- há queijo?
- mas o que comes por lá?
- e a guerra?
- aproveita, que lá não tens nada disto.
- com 5 meses e só começou a comer sopa agora? ah, o meu com 2 meses já comia.
- e não faz nada? o meu faz malabarismo....


O casamento do Verão

Foste sem qualquer dúvida a noiva mais exigente que já vi na minha vida.
Quiseste tudo, e tiveste tudo, mas se tiveres oportunidade ao analisar a festa, vais encontrar mil erros.
Estava tudo maravilhoso, com imensos pormenores, tantos que não cheguei a ver todos.
Como sabes, sou simples e nem metade das coisas eu ligaria, mas tu, conseguiste ter tudo perfeito, com tudo, o que sonhaste. Conseguiste fazer-me sorrir e chorar, por ti, por saber o que sentias, por saber o quanto querias esta celebração.

Foi um imenso prazer poder ter estado nesta tua/vossa festa. A distância não muda a nossa amizade, e isso torna-te especial para mim.
Obrigada por me teres adoptado no grupo das Girls' e de todas terem sido impecáveis comigo e com a minha esquisitice e claro a parte maravilhosa das mosqueteiras se terem reencontrado!





Sejam felizes, sempre!




 

Pérolas

Pensavam que era só aqui que havia erros?!

"preguntando começa-se a aprender"

No toys r' us do Forum Almada.

(estão a ver o que acho das crianças que vão passando de ano e que não preenchem os requisitos mínimos do 4º ano, saber escrever sem erros )

terça-feira, 9 de setembro de 2014

A feira de Corroios

Nada muda.

Mas este ano notei uma coisa. Parece que há uma necessidade de se evidenciar a chungaria. Não se ofendam ao ler isto, mas a verdade é que não sei de onde aparece aquele conjunto de pessoas. É que é gente da pesada, gente que não sei onde moram, com quem convivem.
Não digo que tenha visto violência, porque não o vi. Mas a verdade é que vi só com um ar meio chunga, com o ar de sujidade, com os bonés horríveis que fazem uma cabeça enorme, e as miúdas com um ar de "usado".

Não levei o Gus, logo não entrei no grupo de "pessoas que levam bebés e os seus carros para a feira", nem fui arranjada por isso também não sou "uma miúda que vou ao engate", mas digo já que a feira de Corroios podia ser alvo de uma análise sociológica profunda.


Bullying familiar

Todos perguntam o porquê de estar sempre a dizer que sou mãe, e não mamã.

Passo a explicar.
Na minha casa, um dos bullying familiares era chamar mamã à minha mãe. Isso ou ouvir na rua.

Quando ouvíamos, os meus pais olhavam imediatamente um para o outro e com uma cara de gozo diziam "quando crescer quero ir para filetes"....
Na verdade nunca soube o que era isto, mas sabia que os meus pais gozavam com qualquer criança que dissesse Mamã ou Papá, por isso nunca quis que o Gus me chamasse de Mamã.
Para o Gus sou mãe, só mãe, e no meu fundo já o ouvi dizer mãe. Isso ou um som parecido, mas se todos ouvem mamã, eu posso dizer que ouço mãe, ou não?!

(este ano perguntei à minha mãe, que raio era isto dos filetes, e a resposta foi "era um anúncio parvo de peixe, onde a pescada dizia isso para a mãe peixe....")

Tenho tanta pena de não ser uma emigrante "gozável"

Bem sei que os emigrantes franceses serão sempre o nosso gozo favorito.
Os fios, a maneira de falar em frances com sotaque, o ar provinciano...

Este texto é tão bom, mas tão bom que dei por mim a ter inveja de não estar num país onde se possa gozar! A sério, como gostava que gozassem connosco. Nós que já africanizamos a nossa fala, já dizemos "estou a pedir", "estou a vir", "estou a djobar"...entre outras.

Para quando um a falar de nós ein?!

""Jean Michelle Oliveira, vem já ici à mãe se non levas uma chapade tout de suite, que até arrotas a fromage"

Esta é das frases mais ouvidas nas nossas cidades quando chegam as manadas de Mercedes apinhadas de emigrantes, geleiras e bandeiras de Portugal encardidas. Os emigrantes são espécimes de trato fino e requintado. Os emigrantes são visionários, já tinham SWAG antes de ser moda. Os emigrantes pensam que uma t-shirt com mangas à cava, um boné com pala dobrada e uns óculos escuros espelhados, ainda estão a bater bué em Portugal. Eles sofrem do síndrome de Peter Pan, especialmente na forma como se vestem à menino gueto dos anos 80. Esse bom gosto reflecte-se também na forma de como alteram os carros, conseguindo tornar automóveis como Mercedes e BMW numa espécie de unhas de gel com berloques e quatro rodas. Ter um bom carro é sinal que a vida lá fora está a correr bem, mesmo que esse carro esteja ainda a ser pago e tenha sido comprado em 2ª mão. No caso das matrículas do Luxemburgo e da Suiça o Porsche já é uma constante, qualquer mulher a dias ganha mais que um Engenheiro por cá, mas nós dizemos que os burros são eles.

As emigrantes já nascidas no estrangeiro são um misto de Ana Malhoa com Ágata, também nos anos 80. Faltam-lhes alguns dentes e gostam mais de ouro que as ciganas. Os rapazes parecem saídos do laboratório que criou o Cristiano Ronaldo, parecem as versões iniciais que saíram todas deficientes e feias porque os geneticistas ainda não tinham acertado na medidas. O penteado à cortinado ou em crista são as únicas opções viáveis e o crucifixo branco mate que brilha no escuro é imprescindível, já que é sabido que Deus vê mal à média luz.

Poder-me-ia alongar muito mais a descrever os emigrantes e a forma como se comportam e como conduzem como quem está com vontade de fazer cocó, mas isso já foi feito tantas vezes, caricaturado tantas vezes que provavelmente eu não acrescentaria nada. Por isso digo apenas que os emigrantes são sobretudo portugueses. Portugueses que precisaram de ir embora e ainda assim, depois de serem expulsos por um país que não lhes deu oportunidades nem os tratou bem, continuam a tê-lo no coração. A fazer milhares de quilómetros para vir visitar os seus. 


Chegam com um sorriso no rosto desenhado pela saudade e partem com ele, mas com uma lágrima a antecipar o frio de Paris, Berlim e do vazio que fica dentro do peito

Vão de volta para as suas novas casas, os seus novos países, onde vão contar a toda a gente que conhecem por lá como foram as férias e como Portugal é o país mais bonito do mundo. Como a comida é divinal e como o fado é bonito, apesar de só ouvirem Tony Carreira. Nós gozamos com eles, porque a maioria é bimbo, tal como a maioria dos portugueses que temos cá são. Somos um países de bimbos e digo-o sem tom pejorativo. Mas eles tiveram os tomates no sítio, elas também metaforicamente, apesar de à primeira vista pelo bigode poder parecer que têm mesmo tomatada. Tiveram-nos no sítio para ir à procura de uma vida melhor e deixar tudo para trás, enquanto tantos outros passam o dia no café a dizer que a culpa é do Passos Coelho. E é. Mas é mais de quem votou nele.

Emigrar é uma boa solução, diz o nosso primeiro, e é, mas é quando não se vai com uma mão à frente e outra atrás, a sentir que se deixou cá mais que a roupa. Daqui a uns anos os emigrantes que nos vêm visitar vão ser diferentes dos de hoje em dia. Já não vamos gozar com eles porque vão saber falar bem, escrever, comportar-se e ter as maneiras de um doutor ou engenheiro, de uma enfermeira ou um advogado. No entanto são os mesmos, foram pelos mesmos motivos que todos vão, tiveram que partir porque Portugal continua a tratar mal os seus. Mas a culpa é nossa, que o tratamos pior que o Paco Bandeira tratava a mulher e o deixamos ao cuidado de uns filhos da putasó porque pensamos que o fato e gravata é melhor que a camisa aberta e o fio de ouro.

Ser emigrante é ser português e ser português é ser um bocado bipolar no modo em como se começa um texto a gozar e se acaba em tom sério às 2 da manhã. 
Uma boa quarta-feira, que para todos os efeitos é quinta, porque sexta temos a única coisa que a religião feita pelos homens tem de bom, feriados."

A imagem do meu país (vista por uma emigrante)

Como sabem só vou a Portugal uma vez por ano.

Este ano tive a oportunidade de analisar factos do nosso modo de viver.
Apesar de vivermos com mais que as nossas possibilidades vi este mês inteiro, restaurantes cheios, hotéis cheios de Portugueses, centros comerciais cheios (e pessoas com sacos de compras), tudo com telemóveis de topo (ainda não percebi o porquê desta doideira).

Sinceramente, se me disserem que o nosso país deve para catano ao estrangeiro e que todos deviamos mudar o nosso estilo de vida, concordo. Eu emigrei, por isso não posso criticar. Mas a verdade é que não vejo mudanças. Ou até vejo, mas naquilo que acho que é prioritário, na comida. Na comida nunca poupei, nunca! Não consigo perceber como se vive de enlatados e depois se vai 2 semanas para o Algarve, não faço isso, são prioridades erradas.

Continuamos a querer mostrar o exterior, mostrar o luxo, quando não passamos de uns pelintras e enquanto não mudarmos isso, nunca conseguiremos melhorar.

Ps- Este ano, ao menos encontrei todos os medicamentos que precisava, ao menos isso.

Constatação do ano

Noto que uma grande percentagem das crianças em Portugal são gordas.
Ups! Corrijo, são largas, têm ossos pesados.

Coisas da moda em Portugal

-  Paez
- telemóvel de topo de gama
- calções minusculos
- barrigas à mostra
- uns sapatos com sola de borracha e tiras largas que parecem os sapatos anos 90
- as gangas dos anos 80, horriveis
- etc

noto que sou uma mãe diferente...

quando chego à praia, quando está tudo a regressar a casa.

E o engraçado, é ver a cara das mães chocadas pelo facto de levar o meu filho àquela hora. A maluca da mãe irresponsável, que não sabe o que está a fazer. E eu a pensar "malucas que trazem os miúdos com frio".

Gus vai todo equipado, com creme, chapéu e uma t-shirt térmica, e claro sempre na sombra.  

6 meses de Gus....

É mesmo,

esta criança fez 6 meses e passou a comer papa, sopa e fruta...Está gordo e é um querido para todos. Conseguiu conquistar toda a família e amigos com o seu sorriso e pelo seu ar pachorrento. O Gus alinhou em tudo connosco. Quando digo em tudo, até num casamento até à 1 da manhã, e até dançou.
Ele foi bares até às 2 e tal da manhã, com sestas mal dormidas, com tudo o que não se deve fazer e mesmo assim, o Gus portou-se como um verdadeiro elemento da família!