quinta-feira, 23 de fevereiro de 2017

O Luto

Os dias não têm sido fáceis. Tento ser forte e não chorar à frente do Gustavo, porque não percebe, porque não sabe o que aconteceu, e porque é demasiado pequeno para saber o que é este tipo de dor.
Choro, choro muito. Juro que ainda ouço as patinhas da minha Jackie lá por casa, ainda digo "os meus cães", e o Scott anda triste.
Choro e penso, que ridiculo, chorar por um cão. Mas a jackie não era apenas um cão, a Jackie deu à nossa casa uma alegria, uma presença e um amor que eu não esperava. A Jackie, veio para Moçambique connosco, e viveu cá todas as alegrias e tristezas de quem está fora. A minha faneca, era muito mais que um cão, era uma parte da minha familia. Era familia, e é isso que dói. 
Sinto-me triste, e tento sair desta tristeza, pensando que temos que avançar e ficar apenas com as recordações, mas não é fácil. Não é!

terça-feira, 21 de fevereiro de 2017

A nossa Jackie Onassis- AKA Faneca







Ontem a nossa Jackie faleceu.
Um dia muito triste para a nossa familia.
Um dia tão triste, de revolta, de raiva, de incompreensão, de como foi tão cedo
Tentei de tudo para salvá-la, tentei de tudo para ela continuar aqui perto de mim, mas já não havia nada a fazer.

Da Jackie ficam as memórias de andar sempre atrás de mim, de não gostar de andar ao colo, de detestar tomar banho, de correr que nem uma maluca sempre que chegava à praia, de chatear o Scott até à exaustão, de suspirar quando estava farta do Gustavo e tentar sair do massacre infantil, de gostar de dormir na sua caminha, e sempre, mas sempre muito meiga.


Jackie, foste o melhor da nossa familia.
Espero sinceramente que saibas o quanto eu gostava de ti, e que nunca, nunca te irei esquecer.

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2017

Os Gaiatos Vão à escola - O resultado

A campanha teve pouca adesão, não andei atrás como normalmente, e isso notou-se.

No entanto, tentei fazer render ao máximo o material escolar

Material
 75 cadernos linhas A4
2 resmas de papel 
12 caixas de lápis carvão de 12 un
 80 borrachas 
10 caixas de canetas azuis de 50 canetas
 3 caixas de canetas vermelhas de 50 canetas
 40 afias
  10 caixas de lápis de cor 
10 caixas lápis de cera
 5 caixas de plasticina
 2 caixas de " guache"
 2 caixas de tinta... ( para artes)




A Casa do Gaiato agradece e convida a todos visitarem a casa.

Dentro de dias darei informações sobre os apadrinhamentos.

(para um mundo melhor)

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2017

Publicidade à descarada

Hoje venho-vos falar da Lúcia e do Francisco

Ora bem a Lúcia, é uma pessoa bonita (por fora e por dentro), simpática, meiga, lutadora, missionária, profissional e espanhola.
O Francisco, é o meu gaiato, O Francisco é um ser iluminado, meigo, amigo, e sempre com um sorriso. Não tenho palavras para explicar o meu carinho para com o Francisco, gostamos genuinamente um do outro, como se fossemos amigos há anos.
Estes dois juntaram-se e cresceu um amor. Lindo de se ver. 
A lúcia teve que ir embora, porque é estrangeira, e agora quer regressar. A dificuldade está aqui, arranjar emprego.
Então o que pensaram fazer? Uma empresa de design para páginas pessoais e profissionais, ajudar nos designs para logos, etc
Ambos têm experiencia e posso garantir que não vos vão deixar mal.
O que temos todos de fazer? Espalhar este magnifico serviço, para que estes 2 possam voltar a estar juntos e que consigam ganhar a independencia financeira que precisam

Segue aqui algum trabalho que a Lúcia já fez


WEBSITE DIGITAL AGENCY: www.no-code.es
 
Os contactos via email
 
 Lucia  nmlucia92@gmail.com
Francisco menatof@sapo.mz 
 
Agora fica aqui uma promessa, quando a Lucia voltar, ficamos todos acordados em pagar uma refeição na Casa do Gaiato em agradecimentos a todos os que nos ajudaram! Que tal?! Vão deixar estes dois separados?!?! :) 

segunda-feira, 30 de janeiro de 2017

5 anos de Moçambique

É verdade, 5 anos!!
Estava eu há 5 anos a chegar a Maputo, 3 malas e muitas dúvidas sobre o meu futuro.
Fui recebida com um grande sorriso so Sr L, e onde na mesma hora me deu confiança.
Os dias foram passando, e a D. Z, e o Sr L foram sempre os meus ombros. Lembro-me muito bem de um dia estar perdida, triste, com vontade de desistir de tudo e vi a cara da D. Z, sempre forte, a comentar com o Sr L "a miúda não se está a aguentar"(ouvi baixinho, mas ouvi). O Sr L, sempre meigo e com o olhar atento chega perto de mim e diz isto "há dias que tens de olhar para o outro lado, e não desistir, chora e amanhã recomeças"... e assim o fiz. Aquela base familiar que tanto precisei, estava ali. À maneira deles, e à minha, soube aprender tudo o que tinham para me ensinar e soube voar. A minha gratidão para a familia L não tem fim (mesmo sem nunca o expressar, mas nunca esqueço o que fizeram por mim).
5 anos passaram, e esta cidade tornou-se minha. Maputo é a minha cidade. Demorei muito tempo a sentir isto. Hoje, com a capacidade de adaptação, com o crescimento e acima de tudo como me transformei, vivo feliz.
Estaria a mentir, se não penso em voltar. Penso! Penso, mas não é real. Portugal não me dá emprego, e possibilidade de crescer tanto pessoalmente como profissionalmente como aqui.
5 anos passaram e aprendi tanto. Olho para trás e vejo uma Vanessa diferente do que já fui. Mais brincalhona, menos exigente para com os outros, mas com as mesmas bases que sempre me definiram na amizade e no amor. Sou eu, mas com uma grande variante, viver em África.
 5 anos passaram e começo finalmente a sentir paz com a minha decisão de viver aqui.
5 anos passaram e consigo dizer que sou feliz, que tenho objectivos bem altos, e que a minha familia está aqui para ver os meus sucessos e fracassos (porque não?!).
5 anos depois consigo ter um grupo de amigos que me aceita como eu sou, que sabe respeitar o meu espaço e acima de tudo, que celebra todas as minhas conquistas como se fossem deles, e isso, só por si dá vontade de sorrir.


A todos os que estão desse lado, o meu muito obrigada...

sexta-feira, 20 de janeiro de 2017

Vamos dizer bem baixinho

baixinho para não afugentar o nosso amigo sol....

diz que amanhã e Domingo estará bom tempo.
Será que é desta que vem o verão por um mes seguido?

segunda-feira, 16 de janeiro de 2017

Os Gaiatos vão à escola



Vamos entrar num novo ano lectivo, e por isso iniciamos a nova campanha "os Gaiatos vão à escola".

Um ano complicado se inicia, mas não é motivo para baixarmos os braços, e nada como olharmos para a Casa do Gaiato e tentarmos ajudar a casa que tanto carinho e amor nos/lhes dá.


Como sabem a Casa do Gaiato tem 150 meninos na escola, e por isso necessita de muito material escolar.
- cadernos (capa preta dura)
- lápis de carvão
- canetas (pretas, azuis e vermelha)
- borrachas
- afias
- mochilas
- estojos
- réguas
Material extra (para a oficina de artes)
- tintas
- plasticina
- telas
-pinceis

- etc

Mais uma vez peço-vos que nos ajudem e que entrem nesta campanha.

Podem oferecer em valor,  que depois será transformado em cabaz escolar ou em material escolar (este já aqui colocado ou se quiserem acrescentar, são bem-vindos)
Quem desejar pode também oferecer bens alimentares, que tudo será encaminhado para a Casa do Gaiato de Maputo.
Se tiverem brinquedos e roupa que já não precisem, também tudo será entregue à casa do Gaiato.

Todas as nossas angariações serão depois reportadas, para todos verificarem as quantidades doadas.



Pedimos também que apadrinhem um Gaiato.
Este apadrinhamento de 1500mts, ajuda estas crianças a continuarem a estudar (dentro ou fora da instituição), por um ano, pagando grande parte dos custos da escolaridade.


Por favor, encaminhem o mais possivel esta campanha, para que seja mais uma vez um sucesso.


Para mais informações
Vanessa Sousa 848899173
Inês Pires - 845555799

sexta-feira, 13 de janeiro de 2017

Índia

Podia estar aqui dias e dias a contar todas as aventuras que aconteceram naquele país.
Prefiro agradecer, porque se há coisa que esta viagem me fez, foi mudar.
Por isso agradeço a oportunidade de ir, a oportunidade de conhecer gente maravilhosa, a oportunidade de comer na rua, e coisas jamais pensadas.
Naquele país andei descalça, passei frio, tomei banho de púcaro, comi comida picante, andei perto de ratos, passei por um morto, andei perto de macacos, elefantes, camelos, vacas, porcos, gatos e cães.
Entrei na Índia como uma verdadeira desconhecida e saí como amiga de todos. O carinho, o sorriso, a tolerância, a atenção foi sempre presente nesta viagem.
Naquele país ri, e ri muito!
Descobri que a Índia é uma mistura entre um mundo moderno com o tradicional, onde a religião está muito presente. Aprendi a olhar de frente para as pessoas, e o melhor, foi conhecer-me.
Naquele país entrei no mundo encantado de principes, e marajás, andei em vilas como uma princesa e sonhei entre as vilas Azuis e cor-de-rosa, tendo sempre presente o amor que representa o Taj Mahal.
Aprendi tanto em 10 dias, que nem sei como começar todo este texto.
Podia estar aqui a contar tudo, mas perdia toda a magia com que vivi naquele sítio, por isso só digo uma coisa, vão e entrem em contacto com toda a cultura.
Esta viagem, não foi só uma visita a outro país, foi o concretizar de um sonho, um sonho muito antigo de visitar o Taj Mahal. Por tudo o que ele representa, por tudo o que acredito. Consegui faze-lo, e só tenho uma única palavra, Obrigada.










Não consigo expressar a minha gratidão, para com todos, o grupo todo, à sua maneira ajudou para que fosse uma viagem perfeita, para que todos se sentissem bem, mesmo com muito cansaço. A todos o meu muito obrigado por toda esta experiencia.

segunda-feira, 9 de janeiro de 2017