quinta-feira, 27 de novembro de 2014

Os diferentes graus de urgência.

Estava eu a dormir profundamente quando sou acordada por dois toques da campainha. Os cães deram sinal e eu achei por bem levantar-me!
Abro a porta e diz o guarda Sr Afonso
"Sinhora, a água do tanque está a sair..."
Eu com os olhos semi cerrados
"Sr Afonso, isso é motivo para vir tocar à minha porta as 5.30 da manhã?"
"Sinhora, eu vi e décidi avisar"
"Sr Afonso vou tratar disso, mas para a próxima venha só acordar-me se houver um incêndio ou se alguém tiver uma emergência para sair, ok???"

Notei que foi a abanar a cabeça. Deve ter achado que fui injusta. Às 7.30 quando saí de casa, falei com ele mais calma, e expliquei, que às 5.30 não se acorda ninguém, a não ser por uma emergência!

quarta-feira, 26 de novembro de 2014

Ano Novo (parte 1)

Hoje mudo-me!

A casa está linda!

A minha Sophia estará sempre presente na minha vida!

Desde miúda que admiro a Sophia de Mello Breyner. Adoro-a. Na infância imaginava-a como minha amiga, a amiga que tinha a mesma paixão que eu, o mar. Sempre quis ser a sua Oriana. Sempre. Na escola, nas aulas de português, até tremia só de pensar que era dia de ler um poema dela!

Em 2000, a minha Sophia (como todos a conhecem através de mim) esteve na festa do Avante. Fui propositadamente à festa para a conhecer, para ver a senhora que foi a minha amiga de infância. A senhora que eu sonhava, agora como minha avó. No dia, na altura de entrar para a zona cultural, não tive coragem. Não fui capaz de entrar e falar com a minha Sophia. Disse na altura aos meus amigos que a adorava de tal maneira, que não podia aparecer assim, mal vestida, sem saber o que dizer. Na verdade, apenas queria dar-lhe um beijo, e dizer "o seu mar é o meu" e "obrigada por me fazer sonhar".
Quando cheguei a casa e contei aos meus pais, acharam que tinha perdido a minha oportunidade, o meu tempo de a ver e de lhe dizer como a sua escrita foi importante para mim.

O tempo passou, e em 2004 a minha Sophia faleceu. Quem me ligou, todos com com voz de pesar. Todos sabiam a importância que tinha para mim.

Este ano relembrei-a, na entrada dum avião, quando uma menina de caracois, veio meter-se com o Gustavo e ao perguntar-lhe o nome, ouço um "Oriana". Respondi logo, "tens nome de fada, que lindo nome!"

Tudo isto, para dizer que hoje enchi-me de coragem e escrevi umas pequenas palavras à D. Helena Sacadura Cabral. Continuo com o sentimento de achar que eu não mereço de a conhecer, mas desta vez contei a admiração que tenho por ela.

"Aqui nesta praia onde
 Não há nenhum vestígio de impureza,
 Aqui onde há somente
 Ondas tombando ininterruptamente,
 Puro espaço e lúcida unidade,
 Aqui o tempo apaixonadamente
Encontra a própria liberdade."
(Da minha Sophia)


O reforço ao Pai Natal

(ideia exclusiva da Gi)

A Gi disse para insistir e reforçar o que eu realmente quero. E tendo em conta que o velhinho começa a estar senil e nesta altura anda tudo a pedinchar...

Cá vai

 (cidade do Cabo)
 (a malita)

 (regressar onde fui muito feliz, Berlim)

(Nova Iorque)

(o Relógio já pedido)

Eurodisney! O quê? o Gus não sabe o que é? Não interessa, eu levo-o, prometo que lhe mostro muitas fotos dos muitos sorrisos dele neste local de magia! 

E tenho mais a pedir!! Oh Se tenho! O problema disto é que não tenho muitos voluntários para oferecer tais prendas!

terça-feira, 25 de novembro de 2014

Diferença de viajar com a mãe ou com o pai

Baby Gus viajou com o pai para Portugal.

Vejamos as diferenças!

Eu
Faço o check in e ninguém pede nada, nenhum documento de autorização de saída.
Passo todas as portas até à entrada de avião para pedir então ajuda para fechar o carrinho.
Saio do avião sozinha, onte tenho que esperar pelo carrinho e ovo e tenho que o montar sozinha!

Ele
Faz o check in e pedem autorização de saída. Na migração pedem novamente autorização.
Na entrada do avião todos se disponibilizam para ajudar um pai sozinho (coitado) com um bebé ao colo.
Durante o voo, todos, incluindo a tripulação pegam no bebé!
Sai do avião e vão buscar pessoalmente o carrinho montam-no e todos ajudam o pobre pai que viaja sozinho sem qualquer ajuda desta mãe desnaturada.

E o que se tira daqui? Uma mãe sozinha a viajar com um bebé é absolutamente normal, um pai a viajar sozinho com um bebé é tão raro que todos o fazem sentir especial, como se tivesse a fazer algo de único. Afinal os filhos são dos dois ou só da mãe? Ein?!


o Blog tem urtigas

É verdade, tem mesmo!

Mas entre mudanças, tratar de 100000 coisas das mudanças, novo emprego e não ter carro nada ajuda!
Isso e ter um telemóvel a morrer fazendo com que não consiga passar as fotos para aqui!

Hoje a mudança fica praticamente pronta.

Estou sozinha, e é o Pedro e a Dina que estão a fazer tudo, e eu de longe a dar orientações!

sexta-feira, 21 de novembro de 2014

As dificuldades de ter tudo pronto

Precisava de:
- 1 canalizador
- 1 serralheiro
- 1 carpinteiro
- 1 pintor
- 1 electicista

Segunda feira -  ligo para o canalizador, electricista e carpinteiro
aparecem os 3 depois de muitas horas à espera

Terça- feira - canalizador e electricista combinam aparecer as 17h (o segundo chega às 19h)
carpinteiro vem buscar o dinheiro para comprar material
Pinto vai lá a casa ver o que é preciso comprar

Quarta-feira - pintor aparece para levar o dinheiro e comprar material
canalizador volta a aparecer para terminar tudo, electricista tem que terminar ainda uns coisitas


quinta- feira - pintor não aparece
serralheiro aparece e faz o trabalho todo.
electricista não aparece

Sexta- feira - pintor aparece às 5 da manhã (leram bem), e Pedro levou a chave da casa nova, mando-o embora.
Electricista ainda não apareceu - apareceu mais tarde e não fez tudo
carpinteiro ainda não apareceu....apareceu mais tarde


Sábado -
Pintor - não apareceu, mas enviou um amigo.
Electricista nem atende o telemóvel
Carpinteiro - está a tratar das ripas e ainda não foi lá

Segunda....
iniciei o processo da mudança.
pintor- acabou o serviço
carpinteiro falta uma porta
canalizador foi comprar material,,,

(em actualização)

quinta-feira, 20 de novembro de 2014

Queridos Pai e Mãe Natal

(ou também poderia ter começado com "querido pai careca e mãe de cabelo cinza")

Este ano peço 2 prendas para mim, caras. Admito caras mesmo!
Não me venham dizer que já não tenho direito e que o Gus agora é prioridade, todos sabem que cada um tem o seu lugar e o Gus não ocupa metade da minha importância!
Sim, sim são caras, mas vendo bem quais foram as prendas caras que pedi no Natal? A bicicleta rosa com cesto à frente e um gremlin gigante, mais nada. Sendo assim, podem dar-me estas coisinhas que iriam fazer-me tão feliz!
O quê? Estão já a perguntar, e roupa? Roupa não conta, como digo desde criança. Roupa, meus amigos é obrigação. Senão queriam que andasse como? Roupa não é prenda!

Bom estava eu a refutar sobre os meus pedidos de Natal, e tendo em conta que vou ter um trenó só para mim daqui a uma semana, aproveito e digo o que estou mesmoooo a precisar!

 (258€ Michael Kors)

 (358€ Michael Kors)



Pai Natal, estou mesmo, mesmo a precisar disto! Prometo deixar-te em paz por um ano! Combinado?!

terça-feira, 18 de novembro de 2014

O PPC...

"Quando lancei o primeiro PPC ninguém achou que estas siglas poderiam representar as iniciais do nosso primeiro-ministro. Foi há cinco anos. Sim, foi há cinco anos que, frustrada por só receber postais electrónicos impessoais pensei que giro que seria se voltasse a estar na berra o velho hábito dos cartões postais de Natal.
 E, imbuída no espírito natalício, pensei ainda que engraçado que seria se misturássemos o ressuscitar dos postais de Natal nas caixas de correio das nossas casas com uma espécie de amigo secreto.
Foi assim que nasceu o PPC- Polar postcrossing. 
A ideia é simples: os leitores deste blog inscrevem-se para participar nesta iniciativa fornecendo à dona deste blog os seus dados (nome, morada, o link dos seus blogs, se os tiverem) que, por sua vez, procede a um sorteio e faz chegar a cada participante o nome e morada do seu amigo secreto, para quem é responsável por escolher, escrever e enviar um postal de Natal. Em contrapartida, cada participante receberá, também, um postal na sua cauxa do correio, enviado por outro.
 Ao longo destes anos houve muitas histórias relacionadas com o PPC: leitoras jovenzinhas que nunca tinham recebido um postal de Natal físico e ficaram em euforia, pessoas que passaram um Natal triste por morte de familiares (eu própria) e a quem palavras bonitas escritas à mão trouxeram um bocadinho mais de luz, pessoas que liam os blogs umas das outras e que, de repente, se corresponderam pela primeira vez com nomes próprios e existências físicas, outras que se encontraram pessoalmente e ficaram amigas. 
Houve também algumas pessoas zangadas porque enviaram postais e não receberam e outras desnaturadas que receberam e nunca chegaram a enviar. Houve de tudo.
Mas houve, essencialmente, a preocupação com o outro, em oferecer-lhe tempo para comprar um postal ou fazê-lo com as próprias mãos, para lhe escrever palavras bonitas e ir aos correios despachar o postal.
 E se isto não é Natal, então, caraças, o Natal não vale nada!
Está lançado o período de inscrições do PPC 2014: bora lá!
Inscrições aqui
Informações, detalhes e regras aqui"
 
Ideia total da Ursa
 
Já me inscrevi, espero ansiosamente por um postal de Natal. E porquê? Porque me lembro na minha infância passar horas a colar selos para enviar todos os postais de Natal da UNICEF a todos os nossos amigos. E decidi iniciar a tradição. Há coisa melhor que este espírito?

Ano novo, vida nova

Todos sabem que não gosto de mudanças, de alterações. Não digo que não sejam boas, não digo que fazem bem, não digo que não são necessárias.
Digo que não gosto.

Pois vou ter um tempinho de grandes alterações na minha vida. Assim que me lembre vou ter a mudança da casa, a mudança de trabalho e a mudança de carro!

E como me sinto? Como uma criança com medo de filmes de terror. É muita mudança num curto espaço de tempo, muita confusão para o meu cérebro que gosta de paz e sossego. É muita gente nova para conhecer e adaptarem-se a mim e eu a eles, é muita coisa para aprender, é muita coisa para deitar fora, é muita decisão para tomar, é muita tinta para a casa, é muita rede para mudar, é muita limpeza para fazer...

Já disse que não gosto de mudanças?!



segunda-feira, 17 de novembro de 2014

dificuldades de compreensão

Num café digo

"uma água gelada, SFF" (aqui dizemos gelada, e cheguei a Portugal disse o mesmo)
"diga? água? "
"desculpe, água fresca"...

outra cliente

"uma água fresca"
"desculpe? água gelada?"

Noto que sou uma mãe diferente quando...

- não acho piada o Gus vir para a minha cama, receber pontapés uma boa parte da noite não é de todo agradável!
- não tapo o ovo com um pano a cara do miúdo, nem com uma fralda, nem com umas coisas que agora estão na moda. Se quer dormir, que durma com luz. (será que os putos se sentem bem assim todos tapados?)


As comparações continuam

- O quê, só tem 2 dentes? O meu tinha uns 5 ou 6 dentes.
(silêncio)

- Oh Vanessa, o teu tem quantos dentes?
- Tem 2, o terceiro está a romper.
- A sério??? Opá, o meu não tem nenhum e tem a idade do teu
- (silêncio)

8 meses de baby Gus

Ora neste mês o Gus deu um pulo intelectual.
Digo isto, sem gozo, mas com total orgulho. 
Passou a fazer graçolas e cada vez que alguém passa ao lado dele e não lhe dá atenção, ele saca todas as armas que tem, ora palminhas, depois o adeus, segue-se o cavalinho, passando pelos olhinhos.
Fala pelos cotovelos, e já diz mãe, adeus, pai e comida! Sim faz isto tudo, os seus sons de nhanha, papapa, e dadada só podem significar isto. Se as outras mães dizem que aos 8 meses os putos delas já falam, o meu não é diferente!

Voltei de lá!

E com o regresso, volta o blog!

A Vanessa, também fala sobre os lugares da moda!

Decidi ir, com as meninas, ao mercado da Ribeira.

Cheguei lá com uma expectativa muito alta, visto que todos falam bem daquilo. Cheguei, e achei maravilhoso a escolha.

Comprámos a comida e lá iamos nós todas contentes para as mesas, quando notámos que estava tudo cheio. Ora, compreendia se estivesse cheio, com pessoas a comerem, mas não. Estavam simplesmente sentadas à espera de outras pessoas, ou a marcarem lugares.
Após uns 15 minutos de tabuleiro nas mãos decidimos ficar em pé, num espaço minúsculo de mesa. Aí tive tempo para analisar, contei pelo menos 15 pessoas à minha volta sem um único tabuleiro de comida, todas à espera dos seus conhecidos. Contei até que umas miúdas ao meu lado estiveram 45 minutos sem comer e sem sair dali, e só quando refilei é que me deram um espaço maior.

Fazendo as contas, paguei cerca de 40 euros, comi de pé e fiquei enervada pelo facto de comer em pé. O preço não é nada barato para ficar de pé, e constato que por esse valor vou a um restaurante normal e como sentada.

De resto, de resto adorei tudo!

Sobre a minha teoria dos bebés nos aviões...

Há uns meses disse que era apologista de pôr todos os bebés e crianças pequenas no porão do avião.

Acrescento agora, que o meu filho pode desde já entrar nesta campanha! Sim senhora, eu poria o baby Gus no porão, lá bem ao fundo para não incomodar os restantes passageiros.
Isto tudo, depois de ter passado 10 horas sem o sacaninha ter dormido, e ter passado quase todo o tempo na sua ladainha do nhanha e do semi choro, e com gritinhos de satisfação. Passei as 10 horas a tentar acalmá-lo, a tentar que ele não desatasse a chorar e fizesse o voo num tormento. Não foi um demónio, mas não foi o bebé exemplar, logo, porão com ele para ver se aprende!