quarta-feira, 18 de março de 2015

Conversas de carro

Estavamos a falar que antes em Moçambique se dizia, que se o marido não batesse na mulher era porque o marido não tinha amor pela sua mulher.

Eu disse a minha opinião. O vendedor com 23 anos, concordou e disse que era uma cultura mais antiga, que hoje em dia já se começa a mudar a mentalidade....
e diz o meu motorista (que por sinal eu embirro) - "mas há mulheres que gostam de ser tratadas assim com violência".

Passei-me.
Tive um pensamento de revolta, dei-lhe um soco no braço e disse-lhe "parece-me que gostas de apanhar diariamente, por isso vou bater-te todos os dias"...
Ficou chocado, e disse que uma mulher nunca lhe tinha levantado a mão....
"pois, na minha cultura, tanto leva um homem como um mulher".

O ambiente no carro passou a ser de gozo para com ele, o vendedor mais novo, disse que eu tinha razão e que se ele tinha essa opinião um dia levaria de outra mulher...

eu só terminei com esta frase 

"fui criada com amor, sem violência, era só o que mais me faltava ter um marmanjo em casa, que nem é da minha familia e que ainda me bate...."

Cheira-me que este motorista não se vai aguentar muito tempo. Pare ele a mulher tem de servir, tem que preparar o jantar e ser submissa, ora, eu sou chefe dele e de mais uns quantos como ele, não me deixo pisar e pior, não o sirvo a nada....

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