segunda-feira, 29 de outubro de 2012

O que fazer...

Nos convivios com o pessoal, a conversa acaba sempre no tema "filhos". E há sempre um engraçado que diz "a Vanessa não tem filhos"....Aí tudo pára e tudo se vira para mim e tudo tem a mesma argumentação...
- Mas como mulher não sentes vontade?
- Não queres cá deixar ninguém?
- Não queres provas do teu amor?
- Aqui é tudo mais fácil ter filhos!
- Ah, eu não te compreendo, os filhos são tudo.
- Tens Bábas para tudo, até para as festas.
- 31???? Olha que já estás bem velha...
- Ah, podes ter os preparativos na África do Sul
-.....

E mais uma boas horas de argumentação.
Quando começo a dizer que não estou preparada e que não é o momento, tudo se choca. E tento fazer a minha argumentação.

- A minha prioridade não é ter filhos, quero ter carreira.
- Não me vejo a ter uma baba, para andar comigo a criar o meu filho.
- Não quero acordar durante a noite.
- Não quero mudar fraldas.
- Não me apetece aturar birras.
- Não quero ter uma gravidez onde tenha que me preocupar com tudo.
- Sou muito nova.
- O meu amor pelo Ar não precisa de mais provas. Estamos bem assim.
- Não não sinto vontade, nem nunca senti.
- Sim, tenho medo de tudo, de tudo, por isso não consigo visualizar a gravidez.
- Gosto da nossa liberdade assim, sem horários
- ....

E informo, no dia que mudar de ideias, mudo. Até lá deixem-me. Não sou menos mulher, nem menos responsável, nem incompleta, apenas não tenho filhos. Mas tenho duas sobrinhas que são minhas. São minhas de coração, que dava a vida por elas, que as protejo como se fossem minhas. Não são minhas filhas, mas isso o meu coração não sabe distinguir.
E ainda tenho mais dois, os pequeninos, os que não entendem este abandono. Por isso não me digam que não tenho amor para dar, tenho e muito, não quero é ter filhos, quando quiser, aí tudo muda e estaremos aqui para assumir a boa nova....

1 comentário:

  1. Calma mein liebe..ve isto:P estes gajos é só facilidades..

    Sete mil mulheres nas urgências de Maputo após abordo clandestino.
    -Cada vez mais mulheres praticam o aborto sem recorrer a unidades médicas em Maputo. Segundo o jornal moçambicano Notícias, só no primeiro semestre deste ano, perto de sete mil mulheres deram entrada em hospitais devido a complicações.

    O número referido representa mais de metade das mulheres que são assistidas nas Urgências de Ginecologia e Obstetrícia dos hospitais da capital de Moçambique.

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