terça-feira, 12 de janeiro de 2016

As diferenças educacionais

Mudei o Gustavo de escola.

Ao ver o menu, informo que o meu filho não bebe sumo. Perante a cara de choque das educadoras, explico que ele não precisa de sumo na vida dele, e que a quantidade de açucar é de facto desnecessária. A cara delas é impagável. Do estilo, esta senhora é toda cheia de fricotes. A mesma coisa que fazemos quando os filhos dos outros não comem massa ou arroz porque engorda....

Chego ao escritório e conto o sucedido. E dizem-me isto "Mas Vanessa, coitadinho, vai ver os amiguinhos dele a beberem e ele não vai ter, vai sentir que é diferente...." A minha resposta foi imediata..."da mesma maneira que não vai ter tenis de marca porque os amigos têm, ele vai ter quando precisar"...é assim que eu entendo a educação.

O Gustavo, até agora, e digo até agora porque tem 2 anos, ainda não me pediu nada. Tenho orgulho de poder dizer que fomos a Portugal e ele não apontou para uma única coisa para lhe dar. Sim,  o Gustavo não tem um quarto cheio de brinquedos (para depois não brincar), o meu filho, o meu único filho tem alguns brinquedos em segunda e em terceira mão. É verdade. Não tenho qualquer problema em assumir isso. Se sou pior mãe que os outros que dão 10 prendas de Natal e mesmo assim dizem que tiveram poucas prendas, não , não o sou. Apenas acredito que estou a criar um miúdo para a realidade. Uma criança perceber o que é uma prenda, o valor da prenda, e perceber que a prenda foi dada com amor é o meu intuito da minha educação. Não quero uma criança elitista, quero uma realista e que perceba que terá tudo o que seja preciso para ser feliz.

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