quinta-feira, 29 de maio de 2014

Ora, então vamos lá ajudar a Carolina...

Li este magnifico texto, e achei que deveria ajudar.
Infelizmente estou longe, e daqui não posso fazer muita coisa. Mas posso expor o caso, posso publicar, e posso mostrar o caso a mais pessoas para que todos possamos ajudar. Se não for a dar ideias, apareçam no evento. Vamos lá, aqui pelo Africanisses já ajudamos umas quantas pessoas, vamos lá continuar nesta onda positiva.
Espalhem, falem, tentem saber o que é preciso, vamos lá.

A saia da Carolina não vai ter mais um lagarto pintado

A Carolina tem uma adolescência que tomou o lugar da saia pintada da canção a que dá nome. A vida-saia da Carolina tem um lagarto pintado. Um lagarto feio e nojento. Um lagarto execrável e inanarrável:  o lagarto da violência, da humilhação, da dor e revolta, da raiva e da sensação de impotência, da vergonha  e da culpa quando a vítima é a própria Carolina.
A Carolina foi abusada uma vez e outra. Em casa os pais pouco conseguiram fazer. Na escola, segundo as notícias, ninguém tomou providências para acabar com o suplício da Carolina e matar o lagarto que não lhe pinta a saia: borra-a, mancha-a, estraga-a, desfigura-a. Os pares da Carolina, os amigos e os colegas, não fizeram nada, muitos não empatizaram, achavam que a Carolina, com apenas 14 anos, podia muito bem ter usado calças para que os lagartos não lhe conspurcassem a saia.
A Carolina vive presa em casa, vítima do medo e do terror da impunidade, escrava da impotência dos adultos que a rodeiam poderem, quererem ou conseguirem fazer alguma coisa. Privada de escola, de amigos, de Internet e da adolescência, que devia ser uma saia colorida e rodada, esvoaçante e primaveril, sem nenhum lagarto pintado.
Eu não posso matar o lagarto (pudesse eu...) mas quero fazer alguma coisa.
A jornalista que assinou a peça afiançou-nos que a família da Carolina precisa de muita coisa mas, a principal, é mudar de casa. Sair da zona onde moram, sair da sombra dos lagartos pinchados, de longe do perímetro da escola que foi conivente com este crime bárbaro uma e duas vezes e recomeçar. Recomeçar, em família, uma vida. Dar uma nova saia à Carolina, sem lagartos pintados. Uma saia que um dia, talvez, a faça girar em torno do seu próprio corpo, numa dança de alegria, de recomeço.

O que preciso de vós:

1- Ideias para conseguir trazer a família da Carolina para Lisboa/Oeiras/Cascais (acabei de contactar colegas minhas da Acção Social de uma das Câmaras e já expus o caso ao Presidente via email, no sentido de requerer um fogo num bairro camarário mas mais ideias são bem-vindas)

2- Os pais da Carolina vivem do RSI mas não querem viver à pála: querem trabalhar. Ambos. Ideias de sítios que precisem de colaboradores, gente que tenha contactos de possíveis empregadores, etc).

3- Eu acho que a saia da Carolina, depois disto tudo, vai sair imaculada. Com alguns remendos de alma mas quero acreditar que a Carolina vai ter uma segunda oportunidade de vestir a sua saia. Para isso pensei angariar uma verba monetária para o recomeço. Então, como os Santos estão à porta, que tal um "Arraial Quadripolar"? Preciso de alguém que me ceda um espaço num bairro típico, contactos de onde se compram manjericos (farei quadras quadripolares, juro!), gente que cozinhe panelas de caldo verde que possam ser vendidas aos foliões e bebidas. A mão de obra será gentilmente cravada às tropas quadripolares, atempadamente! E preciso que apareçam na noite de Santo António (12 de Junho). Muitos. Todos.

Todo o dinheiro angariado será para a Carolina. E para a sua saia nova, que se quer limpinha e longe de lagartos. Uma saia digna da Carolina. 

Quem está comigo?


(enviem-me email para: quadripolaridades@hotmail.com)

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