quinta-feira, 23 de fevereiro de 2017

O Luto

Os dias não têm sido fáceis. Tento ser forte e não chorar à frente do Gustavo, porque não percebe, porque não sabe o que aconteceu, e porque é demasiado pequeno para saber o que é este tipo de dor.
Choro, choro muito. Juro que ainda ouço as patinhas da minha Jackie lá por casa, ainda digo "os meus cães", e o Scott anda triste.
Choro e penso, que ridiculo, chorar por um cão. Mas a jackie não era apenas um cão, a Jackie deu à nossa casa uma alegria, uma presença e um amor que eu não esperava. A Jackie, veio para Moçambique connosco, e viveu cá todas as alegrias e tristezas de quem está fora. A minha faneca, era muito mais que um cão, era uma parte da minha familia. Era familia, e é isso que dói. 
Sinto-me triste, e tento sair desta tristeza, pensando que temos que avançar e ficar apenas com as recordações, mas não é fácil. Não é!

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