terça-feira, 12 de julho de 2016

O euro

Há 12 anos, quis o destino, que eu não estivesse em Portugal para viver esse grande feito desportivo. Há 12 anos vivi o Euro como uma emigrante, vestida a rigor, a ver os jogos e a sofrer.
Não ganhámos e nunca mais fiz as pazes com a selecção, nunca mais celebrei, nunca mais parei para ver um jogo, nada.

(há 12 anos, na final do Euro 2004)

Este ano, não mudei de atitude, continuei de birra até a final. E este ano, como em 2004, vivi com o sentimento de emigrante. A Final despertou em mim a vontade de ganhar. Estava calma até terem aleijado o Ronaldo, porque, mesmo sem perceber de futebol, quiseram lesioná-lo, e pronto. Entrei em modo taberneiro, a partir dalí foi uma celebração constante e a perguntar quem eram os jogadores, na verdade, conhecia uns 3...

Acho bonito as celebrações em Portugal, mas acho ainda mais mágico as festas fora do nosso país. Os que sofrem o ano todo para termos uma melhoria na nossa vida. Esta vitória foi da selecção, mas foi também uma alegria ao nosso povo, que anda não negativo, tão triste. Foi principalmente para os emigrantes franceses (entre outros) que são tremendamente maltratados. Foi uma alegria não só para para nós, como para o nosso ego. 

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