terça-feira, 29 de novembro de 2016

Para mais tarde recordar

Sr Gus, já dá ar da sua graça em conversa, mas continua muito trafulha



- Mãe toporro, toporro!!! (mãe socorro- quando tinha um pé preso)
- mama (cama)
- chauro (dinossauro)
- mãe oia uma pinxesa
- popula (procura)
-mumo (sumo)
- maoto (maroto)
- nã qué óó
- qui tash a fajer?


Pérolas - para que não vos falte nada


Cá está o que se pode chamar, homem dos 7 oficios.

Podem pedir tudo, desde a cura de doenças, encontrar amor, venda de carros, até ajuda nos espiritos maus.... se não encontrarem aqui a ajuda que precisam, então amigos, desisto.


(foto by IP)

segunda-feira, 21 de novembro de 2016

Querido Pai Natal

Todos os anos te escrevo, Este ano, para te facilitar a tua dificil tarefa de me escolher prendas, segue aqui a lista.

 Tanto que o meu lombinho precisa desta pequena maravilha para estar na praia!!! Tanto!!!

O meu pulso, necessita de um relégio fofo destes.

 Esta querida mochila, que pode ser em azul, seria muito útil na India.

 Está em exibicão em Joburg, até fevereiro. E eu seria feliz em irmos ver.

Ora cá está algo que entra no nosso imaginário. Junho de 2017, em Joburg, e sim, os bilhetes têm de ser comprados agora.

Estes fofos seriam muito felizes nos meus pés.

Estes também seriam felizes a fazerem companhia aos outros

Esta malinha fofa, seria muito feliz nas minhas viagens!!! (samsonite, minnie)



Querido Pai Natal, pensa com carinho nestas prendas. Portei-me bem o ano todo, arrumei a casa, alimentei uma criança, não fiz birras, e até ajudei os meus amigos. Pode ser, Pai Natal, sim?!?!


:)

quinta-feira, 17 de novembro de 2016

As renas levam boxers aos Gaiatos


O Natal está ai, minha gente! Vamos lá aderir à nossa campanha, oferecer boxers aos nossos Gaiatos.
Vejam aqui tudo bem explicadinho, e entrem em contacto connosco.

Pedimos que difundam ao máximo esta iniciativa para que possa ser um sucesso.




Para mais informações:
Vanessa Sousa 848899173
Inês Pires  - 845555799

terça-feira, 8 de novembro de 2016

Caju, volta para casa

O cão Caju desapareceu ontem à noite.
O Cajú tem 3 donos pequenos, que vão ficar tristes ao descobrir que ele não volta para casa.
Ele mora pela zona da Escola Portuguesa, mas já pode andar por todo o lado.
É muito meigo, e brincalhão.
.
A nossa familia agradece!!!




sexta-feira, 4 de novembro de 2016

A minha primária e os trabalhos de casa

Com este tema tão presente, dei por mim a recordar-me da minha primária.

Andei na Escola n6 de Corroios, com  Prof Maria de Fátima.
A prof Maria de Fátima era idosa, tinha olhos azuis, era madeirense, e usava um fio com um olho também azul. Lembro-me que ela bebia em média 3 garrafas de água por dia, e que adorava matemática, e que nos obrigavaa escrever o ano sempre em numeração romana.
A minha professora era do tipo de professora que separava os alunos preferidos dos não preferidos. Eu era do lado dos não preferidos, e como tal tinha direito a réguadas e "canadas"(um cana partida nas pontas para doer mais) diariamente. Quando digo, que era todos os dias, não é exagero, eu, o Ricardo Calçada, uma Raquel, o joão Carlos, entre outros éramos as vitimas dela. 
Se me perguntarem, o porquê de nunca contar aos meus pais, tenho ainda muito presente o que ela fez  a um dos alunos em que fez queixas à mãe, e no qual foi chama-la a atenção.
A humilhação, o medo, o panico de quando ela me chamava era constante, e ainda hoje falo com rancor pela sua maldade. A profesora Maria de Fátima era adepta do bater, e do humilhar, de nos chamar nomes, de nos deixar indefesos, e ai de nós que chorassemos, isso seria ainda pior para nós.

Esta professora era apologista de muitos trabalhos de casa, lembro-me pelo menos destes, todos os dias, cópia, palavras dificeis, palavras de dicionário, composição, tabuada, contas, um desenho. Quando algum dos trabalhos ficava para trás, ela chamava-nos e batia, assim, sem questionar, sem nada. Lembro-me de quando chegava o meu caderno, para ela corrigir, muitas vezes tentava ir aoWC para me escapar de umas réguadas, ela, esperta, passava o caderno e esperava que eu voltasse para mais um castigo.
Tenho outra memória, na minha primeira semana de aulas, ao picotar uma ovelha em papel de lustro amarelo, cortei mal as patas do bicho, e ao contar o que fiz, levei umas réguadas de madeira.
Nunca fui das favoritas dela, talvez porque a minha mãe nunca fosse à escola a não ser nas reuniões, ou porque a minha mãe não tinha um cargo importante. Também fui das alunas que nunca deu uma prenda à professora, nem no natal, nem no fim de ano.

Quando se fala em trabalhos de casa, recordo-me da minha primária. E as recordações que tenho, são as piores da minha vida. A primária, para mim, ficou marcada pela violencia, e nunca, mas nunca pelos trabalhos de casa em excesso.

Lembro-me do meu último dia de aulas na primária, tudo a chorar, e eu a sair aos saltos, e a pensar, finalmente sai disto. Demorei muitos anos, penso que só venci o medo de um professor na Universidade, quando me fizeram falar disto. Outra grande recordação que tenho, é que nenhum dos meus colegas, nunca falava disto, nunca. Assim que chegava o recreio, eu era um deles, eu e os que tinhamos sofrido todos os abusos dela. 

quarta-feira, 2 de novembro de 2016

As renas também usam boxers (movimento vamos lá entra em acção)

Boa tarde a todos,


com o Natal à porta, decidimos desta vez atacar com uma peça que raramente é oferecida à Casa do Gaiato, boxers.
Cada Boxer está em média 200mts a unidade (possibilidade de conseguirmos mais barato com a quantidade que conseguirmos). 

Pedimos mais uma vez que se juntem à causa.


A Casa do Gaiato tem aproximadamente 150 crianças, de todas as idades, pelo que precisamos de todos os tamanhos.
Voltamos a relembrar que todas as doações terão no fim um relatório com as quantidades angariadas.


Se quiserem oferecer comida, ou valor (que depois será transformado em cabaz), também é possivel, e no fim da campanha será tambem informado a quantidade que angariámos.


Pedimos a todos que espalhem o e-mail, para termos o máximo de ajudas.


Para mais informações:
Vanessa Sousa 848899173
Inês Pires  - 845555799

Quando se está longe

Quando me mudei para Moçambique, sabia o custo que isso iria ter a nível da minha vida familiar.
Sabia que seria difícil perder os aniversários, o crescimento, as piadas dos mais novos, as festas dos amigos, os jantares e convivios com a familia, etc.
Mudei-me com a noção que iria perder muito, mas que era necessário para eu poder dar uma volta à minha carreira e à minha vida financeira.

Passados quase 5 anos, o que todos vêem são as viagens, a melhoria de vida, a possibilidade de conhecer mais países, e normalmente o poder de compra. Todos analisam isso, mesmo os mais próximos. Nunca ouço uma palavra a perguntar como fazemos com as saudades, como fazemos com as datas de celebração, nada. Todos acham que como ganhamos (supostamente) mais, que temos uma vida maravilhosa e que passamos os dias na praia.

Passados 5 anos, eu vejo isto. Neste momento, o meu pai está internado, para ser operado e eu estou aqui, a 10 mil km de distância. Com o telefone colado a mim, à espera de noticias, e de umas SMS da Nana. Este é o custo que eu pago por estar tão longe. Ontem adormeci com medo de o perder, de não ter tempo de lhe dizer adeus, de lhe dar um último abraço e fiquei com o coração pequeno. Tão pequeno, que adormeci a chorar, a soluçar. Este é o preço bem alto por ter tomado esta decisão de sair do meu país para ter melhores condições de vida. Este é o preço de sentir que abandonei tudo para estar aqui. É este o preço.