Por vezes ainda acredito que até sou um ser sociável, e que até gosto de confusões e multidões.
Mas depois aparecem estas provas. Um grupo da minha Universidade com 4000 amigos, eu sou amiga de 8. Atenção que estes são do tempo de Viseu, e mesmo assim não contacto com eles há anos.
A verdade é que não me esforço para ser muito activa na socialização. A grande maioria das pessoas não gostam de mim, e eu nem tenho paciência para pessoas, por isso nem estranho a quantidade de amigos que tenho na vida. São poucos, sim, não faço questão de ter muitos. E nem são um grupo, é um de cada lado. Mas para mim são os importantes, os que gostam de mim, mesmo com o meu feitio, mesmo a refilar, mesmo a saber que eu critico, mesmo sempre a dizer disparates, mesmo a estar distante.
Quando digo que sou anti sociável não significa que não saia, que não conviva, que não tenha os meus momentos. O que digo é que gosto mais estar no meu canto, sossegada, sem gritarias, nem grandes confusões.
E analisando o passado: não fui a quase nenhuma festa da Universidade (comparando com outros), no Aeroporto fui no máximo a 5 festas/convívios em 4 anos (e arrastada), e o resto dos empregos nunca fui a nenhum. Aqui tento equilibrar as saídas se bem que tudo é diferente, não há grande coisa para fazer, por isso uma noite de convívio, e com temperaturas a convidar é sempre uma opção.
Se tenho amigos suficientes, sim tenho! Até tenho dois internacionais, e que apesar da distancia há desabafos, há alegrias, há uma necessidade de sabermos uns dos outros. Tenho outros em Portugal, uns seis com quem posso mesmo contar. De Viseu sobrou-me somente uma amiga. E em Moçambique, poucos, pouquinhos. Mas chega, chega mesmo, porque o resto, o resto são apenas personagens secundárias, que acabam por se ir embora.
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